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Esse bilionário perdeu tudo por causa de um capricho..

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SQUEEZIE

Este vídeo foi tendência na França, na Luxemburgo, na Bélgica, na Canadá e na Suíça

Autodidata ambicioso, Eike Batista destacou-se primeiro no comércio de ouro na Amazônia antes de construir um império multissetorial batizado de EBX: mineração (MMX), logística portuária (LLX), construção naval (OSX) e, sobretudo, petróleo (OGX). Em menos de vinte anos, sua fortuna pessoal subiu para 34 bilhões de dólares. O empreendedor tornou-se a sétima pessoa mais rica do mundo, encenava-se diante das câmeras, prometia ultrapassar Carlos Slim e colecionava símbolos de sucesso: iate ultrarrápido, Mercedes SLR estacionado na sala de estar e placa “EIK 8888”.

O “capricho” que faria tudo desandar nasceu de sua obsessão por ser o número 1 a qualquer custo. Convencido de que o Brasil possuía reservas petrolíferas colossais, Batista ordenou perfurações no mar antes mesmo dos resultados completos dos estudos sísmicos. Anunciou publicamente estimativas de produção extravagantes, arrastou bancos e investidores consigo e multiplicou as captações de recursos. As cotações de suas empresas dispararam; o valor de mercado da OGX chegou a superar temporariamente o da Repsol ou da Marathon Oil quando a companhia ainda não havia entregue um único barril.

Quando os primeiros poços começaram a produzir, a realidade foi brutal: o fluxo não atingia nem 15% das previsões. A confiança do mercado desabou, as ações da OGX caíram 95% em poucas semanas e arrastaram todo o conglomerado na queda. Sobrecarregada de dívidas, a EBX já não conseguia honrar suas obrigações; várias subsidiárias entraram em falência, 20 mil empregados perderam o emprego e o Brasil tomou consciência da dimensão do fiasco.

Os credores apreenderam os bens do bilionário: mansões, carros de luxo, jato particular e até o famoso iate “Pink Fleet”. Acusado de manipulação de mercado e de corrupção de um governador para obter contratos públicos, Eike Batista foi detido, passou pela prisão e teve de enfrentar uma série de processos judiciais. Sua fortuna pessoal, antes colossal, tornou-se negativa; ele declarou menos de 100 mil dólares em ativos e mais de um bilhão em dívidas.

O caso continua sendo um dos colapsos de fortuna mais espetaculares da história moderna e um estudo de caso sobre os perigos da hybris empresarial. Ao apostar tudo em anúncios estrondosos, marketing agressivo e otimismo sem lastro, esse bilionário mostrou como um simples capricho – querer queimar etapas para superar os concorrentes – pode destruir um império, arruinar inúmeros investidores e manchar duradouramente a credibilidade de todo um mercado emergente

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