BAD BUNNY - NUEVAYoL (Vídeo Oficial) | Eu DEVIA TER TIRADO MAIS FOTOS

Bad Bunny

Este vídeo foi tendência na Estados Unidos, na Papua-Nova Guiné, na México, na Colômbia, na Argentina, na Venezuela, na Chile, na Equador, na Guatemala, na Bolívia, na República Dominicana, na Honduras, na Paraguai, na Nicarágua, na Costa Rica, na Panamá, na Uruguai, na Porto Rico, na Canadá, na Peru, na Reino Unido, na Espanha, na Brasil, na Austrália e na El Salvador

O videoclipe “NUEVAYoL” de Bad Bunny começa com uma panorâmica noturna de Nova York, enquanto um saxofone jazzístico se funde a uma batida trap suave. O artista surge sozinho, caminhando pela Times Square com uma câmera analógica pendurada no pescoço, e a letra apresenta a ideia central: a saudade de momentos que não foram registrados. As primeiras cenas exibem flashes de luzes de néon, táxis amarelos e arranha-céus, estabelecendo o contraste entre a imensidão da cidade e a solidão do protagonista.

À medida que o primeiro verso avança, Bad Bunny rap-canta sobre um amor que se perdeu entre a pressa e o sucesso. Em planos alternados, veem-se fotografias Polaroid espalhadas pelo chão de um loft, sugerindo lembranças que nunca se completaram. O refrão, com a frase “Devia ter tirado mais fotos”, repete-se sobre um ritmo que mistura percussão latina e sintetizadores, reforçando o remorso por não ter imortalizado instantes essenciais. Visualmente, intercala-se sequências em câmera lenta do ex-casal patinando sobre a ponte do Brooklyn, enquanto a cidade ao fundo adquire tons avermelhados e arroxeados que evocam nostalgia.

Na segunda estrofe, o vídeo muda de cenário para o metrô nova-iorquino. A câmera acompanha Bad Bunny entre vagões grafitados, simbolizando a viagem interior do artista. Os coros dão um tom melancólico, e incluem-se tomadas em preto e branco de ensaios em um estúdio de gravação, onde ele folheia um caderno de letras repleto de rasuras. A montagem enfatiza a tensão entre a vida pública do cantor e a intimidade perdida; luzes piscantes e reflexos nas janelas do metrô sublinham a sensação de um tempo que passa sem piedade.

A ponte musical introduz sons de sirenes distantes e vozes de fundo, enquanto a câmera sobrevoa o skyline ao amanhecer. A letra faz um parêntese introspectivo: “Entre milhares de likes nunca vi teu olhar”. Na tela, o ex-casal aparece em um museu vazio, contemplando obras de arte antes de se desfazer literalmente, figura por figura, ressaltando a ideia de lembranças incompletas. O efeito glitch que acompanha o desaparecimento conecta-se ao título estilizado “NUEVAYoL”, que combina a palavra “Nova York” e o “eu” do artista, sugerindo uma cidade que reflete seu próprio estado emocional.

O clímax audiovisual ocorre no terraço de um prédio com vista para o Empire State. Bad Bunny dispara uma última foto para o céu com a câmera analógica; nesse instante, o flash congela a cidade e a música se interrompe por um segundo, criando um silêncio carregado de significado. Em seguida, a batida retorna mais intensa, com breves cordas orquestrais, enquanto se projeta uma sequência de fotogramas que recapitula momentos felizes do relacionamento: um show íntimo, um passeio no Central Park, cafés da manhã improvisados. O recurso narrativo dá a impressão de que as fotos nunca tiradas finalmente ganham vida, mas apenas na imaginação do protagonista.

O encerramento do vídeo mostra a câmera caindo ao chão e se partindo, com o filme exposto e algumas fotos veladas se espalhando ao vento. Bad Bunny observa a cena e sorri com resignação, aceitando que nem tudo pode ser registrado. O plano final afasta-se com um drone, revelando o artista como uma silhueta diminuta no meio da imensidão urbana. O fade-out musical mistura o som ambiente da cidade com um último acorde de piano que deixa o espectador com uma sensação agridoce, reforçando a mensagem de valorizar o presente antes que ele se torne uma lembrança difusa

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